Contava as mesmas piadas
Que fazia há seculos,
Quando Cristo ainda era vivo.
Dava a mesma aula
Por gerações e gerações
Implantou o desespero nos corações
De jovens amantes da Literatura
Sua cabeça branca,
Pela idade e pelo pó de giz,
Lembrava o nome de todos os autores
Até do mais infeliz
E tinha um poder de persuasão tão efetivo,
Que fazia com que odiassem
O mais belo livro
Este poder é bastante visível
Na prova mais difícil
Que alguém poderia elaborar
Queria detalhes impossíveis de lembrar
Como o nome de um personagem coadjuvante
A flor do perfume da dama
Ou quantas penas tinha um cocar
Mas não se deixe enganar
Pelas broncas e histórias maçantes
Por debaixo daqueles pares de óculos e suspensórios,
Há uma pessoa brilhante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário